O Ecommerce no Brasil em 2023

O relatório anual de e-commerce da Nuvemshop trouxe boas informações e dicas para comércio online brasileiro. Confira!


Esses dias, numa reunião de briefing para consultoria, quando questionei a motivação pelo nicho escolhido, o empreendedor me perguntou: "qual o nicho que está dando mais dinheiro na internet?". Bom, como o achismo é algo abominado no marketing, logo pensei nos relatórios anuais para ver se os prognósticos se confirmaram. Então, respondi que ainda não sabia ao certo, mas, iria verificar. E foi assim que busquei o relatório da Nuvemshop, uma das maiores plataformas de e-commerce atuais. Quero compartilhar alguns dados que julgo importantes e deixar um viés de minha opinião sobre o comércio digital.

Um Ano Complicado

Conforme o relatório o ano de 2022 definitivamente não foi para amadores no e-commerce brasileiro. Acompanhando clientes na consultoria pude perceber isso na prática, e os números só reforçam essas impressões. A onda gigantesca de 2020 no e-commerce "amadureceu", e o crescimento desacelerou com campanhas cada vez com um CPA mais apertado. Como bem diz o relatório, "os indícios de uma recessão global, a incerteza política e o poder de compra limitado dos consumidores tiveram impactos indesejados no e-commerce". No geral, houve uma queda de 23% no faturamento bruto do e-commerce no Brasil em relação a 2021. Esta queda foi vista no mundo inteiro, visto que, globalmente, o e-commerce teve a menor taxa de crescimento desde 2011. A minha percepção é que algumas áreas acabaram sofrendo um pouco mais, e as mudanças no comportamento das pessoas foi um fator determinante.

"Apesar da retração geral do mercado, em 2022, os lojistas que utilizam a Nuvemshop no Brasil atingiram 10,9 milhões de pedidos e movimentaram R$ 2,7 bilhões — um crescimento de 17% em vendas em relação ao ano anterior". Claro que esse crescimento no volume de vendas não traduz o resultado no caixa dos lojistas individuais. O que quero dizer é que, por se tratar do volume total das lojas da Nuvemshop, temos que levar em consideração o aumento no número de lojas, ou seja, novos lojistas que investiram no ano passado e que não contabilizaram 2021. E foi muita gente! Conforme o portal do governo foram mais de 3,8 milhões de empresas abertas no ano passado. Mas, essa é justamente uma das questões interessantes do ano passado, o número de players aumentou, a clientela ficou mais exigente, anúncios ficaram mais concorridos, alguns lucraram, outros nem tanto, muitos fecharam as portas (1,7 milhões). No geral, conforme o relatório produzido pela Nielsen|Ebit, o Brasil cresceu 2% no comércio online em 2022.

No mínimo, podemos dizer que foi um ano complicado. A considerada "retomada" da pandemia, onde muitos julgavam ser uma "corrida do ouro", mostrou-se bem conturbada. O desafio da última black friday mostrou isso a todos. Uma das coisas que ficou bem clara é que o mercado está se especializando e os consumidores mais amadurecidos. Nesse ponto, a consultoria de alguém que conhece o trajeto do e-commerce é muito bem-vinda.  

Nichos Que Mais Vendem Na Internet

Antes de soltar uma lista aqui e você sair correndo para montar sua loja quero diferenciar uma coisa, um nicho em alta não significa que você vai se dar bem nele. O volume de vendas, ou buscas, é apenas um dos fatores a serem levados em conta na escolha de um nicho. Por exemplo, uma pessoa pode escolher o nicho de "roupas e acessórios", o que ela encontrará nesse mercado? Concorrência com grandes players, muitos lojistas híbridos (loja física e online) e até mesmo concorrência com produtos estrangeiros (chineses inclusive). Devido a grande concorrência, será que essa pessoa deve desistir desse nicho? Isso já depende de outros fatores do negócio, do empreendedor em si e até de características que podem envolver subnichos. Mas, esse é um assunto para outra matéria (me escreva caso tenha dúvidas). Agora vamos à lista dos nichos que mais venderam na internet no ano passado.


A pesquisa feita entre os lojistas da Nuvemshop (na imagem) reflete bem o mercado online em geral. Talvez o nicho que você sinta falta na lista da Nuvemshop é o de Pets, que apesar da explosão de crescimento em 2021 (alta de 27%) teve um desempenho bem menor em 2022 (16%), contudo com crescimento também. A ausência específica desse nicho na lista pode ser pelo número reduzido de lojas desse nicho instaladas na Nuvemshop. Outro nicho é o de alimentação, que geralmente estão instalados em outras plataformas como iFood e UberEats.

Segundo a análise Nielsen|Ebit no Brasil, o ranking  ficaria assim:

  1. Perfumaria e Cosméticos - com crescimento de 21,2%. O setor se distanciou em quase 5 pontos percentuais do segundo colocado; 
  2. Pet Shop - com crescimento de 16,3%; 
  3. Eletrônicos - com crescimento de 10,5%; 
  4. Casa e Decoração - com crescimento de 9,6%;
  5. Alimentos e Bebidas - com um crescimento estrondoso de 71,7%, em relação a 2021.
Essas duas listas (Nuvemshop e Nielsen) mostram algo importante, o e-commerce brasileiro está crescendo e amadurecendo cada vez mais. Nichos que antes não ocupavam a lista ganham força e mostram o potencial desse mercado.

Como Estamos Em 2023

Este ano começou borbulhando a inteligência artificial e tecnologias novas apontando no horizonte. Certamente isso impactará positivamente o e-commerce. Ainda olhando para o relatório da Nuvemshop, notamos a importância dos aplicativos de comunicação nos negócios. "Além da loja virtual, lojistas contaram principalmente com o WhatsApp e Instagram como canais alternativos de venda. Apenas 11% venderam apenas com a loja virtual própria". Isso aponta para um caminho já falado, o social commerce. Não se trata apenas de vendas pelas redes sociais, essa é uma tendência onde o cliente faz a compra utilizando mais de um canal de atendimento, e o fator relacionamento conta cada vez mais.

Acima falei que o consumidor online está mais maduro, sim, e mais exigente. Conforme o relatório mundial CX Trends 2023, apresentado pela Zendesk, revela que os latino-americanos são os consumidores mais exigentes do planeta. Por isso o cargo de gestão de Custumer Experience (CX) tem entrado nos organogramas empresariais. Isso impacta diretamente o mercado de MARTECH, onde soluções e automações são muito bem-vindas. 

Ainda neste ano, provavelmente veremos o surgimento e crescimento de "novos pontos de compra", como metaverso, WhatsApp, e via comando de voz pelo Google e outras I.A. (voice commerce). Além da personalização da experiência de compra por cliente (já é possível). Ou seja, apesar das novas tecnologias, o bom e velho relacionamento e facilitação da compra. Tudo isso impulsionado pela rede 5G. Tendo em vista que a geração Z passa 58% do seu tempo livre jogando videogames, usando aplicativos de streaming e navegando nas redes sociais, esse tipo de comércio será bem natural para eles.

Todo esse ecossistema digital envolvendo o e-commerce trará um crescimento. Estima-se para 2023  um volume de R$ 185,7 bilhões (contra 150bi em 2021 e 169bi em 2022), segundo dados da ABComm Forecast (Associação Brasileira de Comércio Eletrônico) . Ainda segundo a pesquisa, o ticket médio pode subir para R$ 470 por compra. Ou seja, continuar crescendo com os pés no chão.

Quer montar a sua loja online? Está montando uma? Recomendo a Nuvemshop como plataforma de vendas. Aliás, somos parceiros especialistas Nuvemshop. Caso precise de uma consultoria para começar do jeito certo, ou queira uma avaliação da sua loja, é só entrar em contato.


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Fontes: 



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